[Crítica] Homem-Aranha: Longe de Casa




Homem-Aranha: Sequência é muito superior ao primeiro filme, mas arco principal causa certo desapontamento.

A mais nova produção da Marvel estreou esse mês. “Homem-Aranha: Longe de Casa” é a sequência de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” lançado em 2017 e é o vigésimo terceiro filme do MCU. Tom Holland volta no papel do amigo da vizinhança, e no filme Peter está tentando se recuperar dos acontecimentos de Vingadores: Ultimato, após ele voltar do blip ele saí numa excursão com sua turma da escola, mas o que ele não esperava era que ele enfrentaria alguns monstros e problemas durante essa viagem.

O filme apesar de ser da Marvel, que é muito conhecida pelo seu humor bastante presente em suas produções, em Homem-Aranha não seria diferente, mas também traz um ar mais emocional pro filme, além dos problemas que são os vilões no filme, Peter também está tentando se recompor após perder Tony Stark, que era uma espécie de figura paterna que ela tinha, então durante o filme um Homem-Aranha um pouco mais emotivo e triste.

Jon Watts retorna na direção e faz um trabalho parecido com o que ele fez no primeiro filme, nada muito grandioso, porém um trabalho competente e padrão. O roteiro dessa vez foi parar nas mãos de Chris McKenna e Erik Sommers, e apesar das já convencionais falhas de roteiro de filmes de super-heróis, posso dizer que eles sim fizeram um ótimo trabalho, em comparação com o primeiro filme que foi bastante esquecível e até me arrisco a dizer chato, o trabalho feito nesse chega ser impressionante. Produção também está bem melhor, mesmo estando nas mãos de Kevin Feige. Como um resultado final, acho que o que faltou no primeiro filme foi organização e falta de criatividade, vemos basicamente as mesmas pessoas desempenhando os mesmos cargos, mas em um nível bem superior de qualidade.

Efeitos visuais estavam no ponto certo assim como em Vingadores: Ultimato, normalmente a Marvel sempre acerta nesse quesito, mas de vez em quando temos problemas como por exemplo em Pantera Negra.

O enredo do filme traz o famoso conhecido vilão das HQs, Mysterio, um dublê especialista em efeitos especiais que quer a todo custo incriminar o Homem-Aranha. No filme ele é interpretado por Jake Gyllenhaal, que por sinal ficou perfeito no papel, porém acho que a motivação do personagem fica meio confusa, temos uma grande cena explicando essa motivação, porém é um pouco decepcionante sobre a questão do Multi-verso, muitos criaram expectativa de que esse filme abriria as portas para a introdução do tão esperado Multi-verso, porém isso só é falado uma vez no filme e na realidade não é uma afirmação concreta e sim apenas uma parte de uma história falsa, acho que teria sido melhor se não tivessem vendido a ideia do Multi-verso no filme do Aranha, se não iam abordá-la, levo essa parte do roteiro como um grandíssimo bait.

Tom Holland é o melhor Homem-Aranha já criado para as telonas, Tobey Maguire traz a nostalgia por ser o primeiro e Andrew foi o Homem-Aranha mais sem sal de todos, Tom traz a juventude, o carisma, a inteligência e o jeito desengonçado do Peter dos quadrinhos, além de entregar uma ótima performance. Além dele e Jake, a outra atuação em destaque é a de Zendaya, atualmente estrelando Euphoria, Zendaya traz algo novo pro Hall de namoradas do Homem-Aranha, algo muito divertido e refrescante de se ver, ela é muito astuta e isso sempre faltou em Mary Jane. O resto eu não lembro muito de ter entregado atuações que mereciam um destaque, mas Marisa Tomei estava lindíssima e queria que tivesse tido mais tempo de tela.

A cena pós-crédito é realmente chocante, eu não tava esperando por aquilo, mas confesso que me deixou bem mais instigado pra um próximo filme.

Homem-Aranha: Longe de Casa não é o melhor filme do Spider e também não é o melhor filme da Marvel, mas garanto que vale a pena assistir, você vai se divertir, é um filme gostoso de assistir, tem seus clichês assim como qualquer outro filme de super-herói, mas nada que vá te incomodar, Tom Holland carrega o legado do Spider-Man com louvor.

Escrito por Daniel Gomes.

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