[Crítica]: Pose – Season 2 Episode 9 & 10 (Season Finale)



Crítica: Pose – Season 2 Episode 9 & 10 (Season Finale)



Pose: Um belo final para uma bela temporada.

Chega ao final a segunda temporada de Pose, a super produção de Ryan Murphy que tem em seu elenco a maior parcela de representatividade que já pudemos ver em alguma produção televisiva, onde vemos atrizes trans interpretando personagens trans, atores gay interpretando personagens gays e isso sem entrar em algum tipo de estereotipo.

A primeira e aclamada temporada teve 8 episódios, já a segunda acrescentou mais 2, fechando a temporada com um total de 10 episódios, mas que por mim poderia ter 20 que eu não enjoaria.

Os dois últimos episódios são bem diferentes um do outro apesar de ambas focarem bastante em Blanca. Em “Life’s a Beach” temos um episódio bem divertido e alto astral com Blanca, Elektra, Angel e Lulu fazendo uma viagem até uma casa de praia de um cliente de Elektra. É uma verdadeira viagem das garotas que renderam ótimos momentos para a série. Já em “In My Heels” temos um certo tempo se passado e vemos Blanca com sua doença em um estado avançado.

Os episódios trazem um contraste muito grande um pro outro e o fato de serem dirigidos por duas diferentes mulheres é muito importante pra trazer essas duas vertentes. Gwyneth Horder e Janet Mock fizeram um trabalho excepcional durante toda a temporada, mas nesses dois episódios foram bem especiais. Direção perfeita do começo ao fim de cada episódio.

O roteiro de ambos os episódios são literalmente perfeitos, a escrita de Ryan e Brad nos dois últimos episódios é magnifica, eles nos entregam algo cheio de vida no episódio 9 e uma coisa abominável (no melhor sentido da palavra), que te faz chorar do começo ao fim, seja de tristeza ou alegria, além de fechar muitas pontas necessárias na história em si, afinal vemos muitos personagens tendo suas histórias, podemos dizer, “finalizadas”, pois sabemos que provavelmente continuaremos vendo eles na próxima temporada, mas como novos arcos e estruturas.

E olha, eu já estou cansado de falar em como amo o elenco de Pose, são as criaturas mais preciosas desse planeta, e sempre que acaba uma temporada eu fico bastante deprimido, pois sei que só verei aqueles personagens maravilhosos depois de um ano.

Pra ser bem especifico, já que chegamos ao fim da temporada, vou tentar falar das atuações de acordo com os episódios. Começando por Life’s a Beach, destaque positivo total para todas as 5 garotas, sim, 5 garotas até mesmo a minha linda Miss Candy, que faz uma rápida participação no final do episódio e que é uma das coisas mais bonitas do episódio inteiro. Uma coisa é certa, Angelica Ross chegou no ápice de sua atuação durante essa segunda temporada, e mesmo não aparecendo em todos os episódios ela será lembrada como um dos highlights da segunda temporada de Pose, e fico muito feliz em ver ela arrasando em AHS, e peço encarecidamente a Ryan Murphy de empregar essa mulher em suas outras séries.

Voltando aos outros destaques, Lulu e Angel são uns amores, são personagens que apesar de ás vezes serem deixadas de lado em uma cena, você sabe que elas estão lá, atuações carismáticas, boas e fortes, ou seja, perfeitas. Mas os destaques mesmo, até porque é o maior tempo de cena do episódio, é de Elektra (Dominique Jackson) e Blanca (MJ Rodriguez), Blanca se apaixonando e MJ entregando a performance mais sincera e sutil possível para aquele momento e Elektra gongando uma vadia rica, branca e preconceituosa até que ela se calasse = tudo pra mim. Lubricate, Bitch é a frase mais icônica que essa série já me deu.

E o último episódio, o mais bem avaliado da temporada, entra facilmente no páreo com “Never Knew Love Like This Before”, Blanca doente e indo no Ball dublar, nossa tudo e todos nesse episódio foram perfeitos, é uma real obra prima televisiva, um dos melhores episódios deste ano, sem dúvidas nenhuma. Eu falo muito sério quando digo que quero no mínimo 6 Emmys para Pose na próxima edição.

Pose é uma série necessária, não só para quem faz parte da comunidade LGBTQ+, mas para qualquer pessoa que queira entender como é para as pessoas que sofrem esse tipo de preconceito, que sabem como a vida é cruel, porém que entende que devemos levantar a cabeça e mostrar como nós temos orgulho de quem somos, e de como estamos e como continuaremos conquistando todos os nossos direitos, sendo quem somos. Você é importante, você é alguém e você merece ser amado.


Escrito por Daniel Gomes.

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