[Crítica]: Atypical – Season 3


Crítica: Atypical – Season 3




Atypical: Sam vai para universidade e isso é ótimo, a falta de reconhecimento dessa série não.

Depois de um certo tempo, Netflix lança a terceira temporada da tão queridinha Atypical. Para quem não conhece, Atypical acompanha a vida de Sam Gardner, um menino autista que está tentando o seu máximo para conseguir ter sua independência, mas pra isso ele terá enfrentar situações que nunca havia enfrentado antes e sem a ajuda de seus familiares.

Apesar de não ter uma grande repercussão, Atypical é uma série bem querida pelos seus fãs, tanto por ser uma série de ótima qualidade como por ser ela trazer um tema incrível como esse, que é o cotidiano de uma pessoa que vive com o espectro de autismo, todas as suas dificuldades e problemas, e além disso mostra que essas pessoas não são anormais, eles devem ser respeitados e incluídos socialmente.

A terceira temporada foca nos dilemas de Sam e sua família. Sam entra na universidade e precisa decidir se quer morar nos dormitórios, Elsa e Doug estão com problemas em seu casamento e Casey precisa decidir entre seu relacionamento com Evan e sua amizade com Izzie.

A série segue o mesmo cursor de suas primeiras temporadas, trata dos temas com uma grande suavidade e com uma grande responsabilidade. O time de escritores e diretores que a série criada por Robia Rashid tem é magnifico, tudo é muito bem executado e com o mínimo de defeitos possíveis. Direção, roteiro e produção dessa série é impecável, é de uma qualidade surpreendente, por isso que digo que Atypical é uma das melhores séries da Netflix.

Não consigo classificar as 3 temporadas da melhor para a melhor, simplesmente pelo fato de ser muito similar em qualidade, Atypical é uma série consistente e necessária, por isso o fato dela não ter o reconhecimento que merece me deixa tão aborrecido, ela traz tópicos tão importantes para uma discussão, além de ser extremamente educativo sobre temas que normalmente não vemos sendo abordados de forma tão sútil em produções cinematográficas ou televisivas. Vamos certas séries como 13 Reasons Why ou Insatiable abordando temas que nos rondam de uma forma tão podre, rasa e errada, que é muito importante que séries como Special, Euphoria e Atypical ganhe destaque e se tornem grandes sucessos.

Tecnicamente falando, Atypical não tem problemas, tudo é muito bem feito deixando o artístico em páreo com o técnico.

O elenco dessa série é precioso demais, todos os personagens tem uma certa profundidade que faz com que todos sejam de alguma forma importante para o desenvolvimento, além de terem personalidades que se encaixam e ao mesmo tempo entram em conflito, é uma espécie de cópia da vida real. Nessa temporada em específico, temos 4 destaques positivos e 1 destaque negativo. Keir Gilchristh, Jennifer Jason Leigh, Jenna Boyd e Brigette Lundy-Paine são incríveis, a atuações que eles entregaram nessa temporada foram sensacionais. Keir nasceu para interpretar Sam Gardner, a atuação dele tem um grau de sutileza em relação aos problemas do personagem em contraste com o espectro de autismo que é fantástica. Jennifer e Brigette entregaram performances assustadoramente parecidas, suas personagens tiveram seus dilemas em torno de relacionamentos amorosos e isso fez com que ambas soassem no mesmo tom e ambas estavam perfeitas, e por última Jenna e sua personagem, a louca, mas doce Paige que é uma das melhores personagens da série inteira. Meu problema em relação a atuação de Fivel Stewart é que é extremamente caricata, e esse é o maior problema da série pra mim, a personagem é detestável, mas Fivel não consegue passar isso, infelizmente.

Até o momento Atypical não foi renovada e receio que aconteça ao parecido com o que aconteceu com One Day at Time depois de sua terceira temporada, por isso é tão importante que a série tenha a audiência necessária para que continue por pelo menos mais 2 temporadas nos contando a história do nosso querido Sam Gardner.

Escrito por Daniel Gomes.

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