Critíca - Cadê Você, Bernadette?
Bernadette (Cate Blanchett) era uma profissional renomada da arquitetura, seus projetos estavam alinhados com a questão ambiental e a sustentabilidade. No entanto, ela decide abandonar a carreira após ver um projeto seu ser demolido e transformado em um estacionamento. A vida pessoal de Bernadette também não foi fácil, após sofrer alguns abortos espontâneos consegue finalmente levar a gestação até o final, e então nasce sua filha Bee com problemas de saúde, mas que são superados.
A partir disso a arquiteta passa a se dedicar apenas à família, ao longo dos anos começa a enfrentar problemas de sociabilidade tendo aversão a locais cheios, raramente sai de casa e contrata uma assistente virtual para ajudá-la nas tarefas básicas.
Para lidar com suas crises de ansiedade, Bernadette faz uso de muitos remédios e também os armazena em casa. Numa das cenas em que ela se dirige à farmácia para pegar mais remédio acaba adormecendo no sofá do local. Há também uma cena onde a psicóloga alerta a família sobre a quantidade de remédios sendo estocados e a possibilidade de Bernadette estar tendo pensamentos suicidas.
O filme aborda questões relevantes para serem discutidas na sociedade, os problemas psicológicos têm atingido desde crianças a idosos, ter um olhar para a saúde mental de forma empática é extremamente necessário, a filha de Bernadette exemplifica bem a importância do papel da família, ela dá apoio à mãe e a ajuda a reencontrar o sentido da vida que havia perdido após sofrer traumas psicológicos.
A atuação de Cate Blanchett é muito realista com doses de humor, o que torna o filme mais leve mesmo abordando um tema tão complexo na sociedade moderna. Não é um filme que emociona, embora em algumas cenas sugestionem causar um apelo sentimental nos espectadores.
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